Coleção: # telas

Nesta série apresentamos alguns trabalhos de médio e grande formato do artista em telas que seguem sua linha de trabalho com a utilização de materiais inusitados e reaproveitados, provenientes de diversas fontes. Enquanto os cadernos do artista trazem uma manifestação diversa de ideias, nas telas podemos observar uma intenção que gira em torno de uma temática mais definida.

"A arte pode, muitas vezes, ser vista como uma fascinante mescla de ideias e materiais, mas esse jogo criativo apenas funciona quando existe um tempero pessoal, ou seja, quando o criador visual coloca, naqueles elementos que conhece, algo de sua lavra. Danilo Cunha traz, em suas assemblages, referências a Merz, o “movimento de um homem só" como Kurt Schwitters designava seus processos criativos e o seu próprio estilo, e Rauschenberg, que dizia não confiar em ideias ou palavras, preferindo os materiais, que considerava mais adequados para o exercício de colocar a si mesmo e ao público perante o desconhecido. Morador de Mogi Mirim, SP, o artista alimenta o seu trabalho de restos ignorados pela sociedade de consumo. A partir daí, realiza as suas composições. Não se está perante uma imitação do mundo considerado real ou de uma representação de algo conhecido. A proposta é a criação de uma interpretação que se utiliza de fragmentos de restos de objetos e de palavras para estabelecer uma poética
sempre pronta a nos desafiar."

Oscar D’Ambrosio, critico de arte

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