Coleção: # moradas
"Uma das séries mais afetivas de toda a minha arte."
Cada pessoa recria suas memórias; da casa da avó, dos tios, de quando vivia no sítio ou quando subia as montanhas, a passeio.
A série Moradas é um convite para chegar bem pertinho, bem próximo, reviver suas lembranças, recriar os caminhos ou simplesmente imaginar histórias com pessoas que vivem nas montanhas.
"Alguns poetas usam palavras, versos, outros usam linhas, aquarelas, bordados, eu uso pequenos pedaços para meus poemas."
Muitas moradas foram feitas pelas mãos de Alex Barbosa e vivem pelo mundo. Além de ter peças da série enviadas para diversos Estados brasileiros, há pequenas moradas que hoje vivem nos Estados Unidos, no Canadá e até na Áustria. Colecionadores acompanham atentos as novas séries de moradas que Alex solta de tempo em tempo.
Feitas em nó de pinheiro araucária* ou pinho de riga**, esses pequenos poemas proseiam com os que se achegam.
*Os nós de araucárias são as partes da junção dos galhos com o tronco principal, são pura resina e por isso, mesmo quando as árvores se desfazem com o tempo após a queda, os nós sobrevivem soterrados e são retirados da terra.
**Série pinho de riga.
O pinho europeu veio para o Brasil no período colonial, foi muito usado para construção de casas e casarões em São Paulo e Rio de Janeiro. Os traços mais escuros das fibras são o sinal de sua velhice. O que temos hoje em dia de pinho de riga são raríssimos resquícios da história do país.
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“Transformar Árvores caídas em obras de arte”
Esse é o lema que o artista carrega desde 2016, quando iniciou os estudos em luthieria.
Na luthieria, Alex esculpiu centenas de violões, violas, cavaquinhos e diversos outros instrumentos musicais. Nas horas vagas, com os pedacinhos de madeira que iam ficando de lado, começou despretensiosamente, sua pesquisa com entalhes.
Com o tempo, além dos instrumentos, começou a dar forma à esculturas, vasos e miniaturas. Tudo com madeira resgatada, garimpada, tantas vezes rastreada e descoberta. Sempre com o mesmo objetivo: enaltecer árvores caídas, agradecê-las por tanto que foram e fizeram (seja lá onde estiveram) perpetuando-as em obras de arte.