Coleção: # memórias de SP

São Paulo é minha cidade natal, portanto, inevitável fotografa-la frequentemente (ou eventualmente, agora que resido fora) nas trivialidades do seu dia-a-dia.
Apesar de nossa capital ter muitas facetas, frequento o centro e o centro expandido da cidade, que é um exemplar condensado do que acontece por toda metrópole e possui uma característica vanguardista de ser um loco diverso de multi manifestações (pessoais, íntimas e políticas). No centro de São Paulo todos são bem vindos, mas não necessariamente vivem bem.
Dentro desse universo fragmentado, onde tudo cabe e acontece ao mesmo tempo, a ocupação dos edifícios reflete o movimento das calçadas, porém, contendo as individualidades entre paredes e as transformando de transeuntes em expectadores, ou observados.

Nesta série retrato SP por diversos pontos de vista, mas em comum mostro a efemeridade dos momentos retratados que tornam São Paulo quem realmente é.

A obra "Noiva" eternizou o Edifício Copan vestido de branco, no único dia em que esta veste permaneceu. Tão logo teve as redes de proteção instaladas, o vento tratou de derruba-la, sem antes dar um espetáculo de véu ao vento. Como uma noiva, o Copan ficou vestido de branco por apenas um dia.
Em outra obra da série, num encontro próximo de janelas, muito comum cidade afora "o homem na janela" é tanto expectador, quanto observado, representando a intimidade de seu pensamento enquanto observador tranquilo do caos urbano nas calçadas, porém, quando observado, faz parte do caos da cidade para nós que olhamos seu retrato.
O olhar distante sugere tudo que acontece fora do quadro da fotografia, e sua presença solitária na fotografia realça que a multidão é formada por indivíduos únicos.

Além destas, outras obras completam essa série que faz parte do meu trabalho permante de acomapanhar a evolução da minha terra natal.

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