Coleção: # azo e curso

Série por: Luiz Eduardo Rayol

Azo e curso são trabalhos que dialogam com o caminho e a abertura para o mesmo, que enunciam um percurso que se estende ao passado e ao futuro, podendo ser entendidos (e montados) de inúmeras formas. Cabe ao observador juntar as peças visualmente e imaginar o resto do trajeto - que delonga-se em dois sentidos. São corpos longilíneos que se dilatam no espaço desafiando as barreiras impostas pela cor - fissuras que evocam a abertura de sentido, dando origem à novos sendos.
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A pesquisa e o trabalho de Luiz Eduardo se concentram em pinturas de distintos formatos e contornos irregulares, que habitam a interseção entre o abstrato e o figurativo para abordar paradoxos metafísicos e condições patológicas da vida contemporânea. Explorando questões visuais, o artista busca manifestar o sublime e a contemplação, evocando a poética da mortalidade e a insignificância humana perante o todo.

"Inspirado em Heidegger, penso que minhas obras são coisas. Relacionáveis e vinculáveis, as coisas fazem emergir sentidos e criam espaços. Diferentemente dos objetos - que necessitam de um afastamento para serem observados -, as coisas aproximam, reúnem e integram o todo em uma harmonia íntima da quadratura cosmos-terra-mortais-o sagrado. Elas pedem tempo, é necessário demorar-se nelas."